A Sociedade Rural Brasileira marcou presença nesta quarta-feira, 17 de fevereiro, no protesto realizado em frente a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Foi mais um tratoraço, desta vez com a participação de lideranças não só do agro, mas também de outros setores como comércio e saúde. No movimento chamado “Cheque em Branco Não”, os tratores percorreram diversas vias da capital paulista, já que o grupo começou a manifestação na CEAGESP e promoveu um ato público em frente a ALESP.

“Mais uma vez os produtores rurais se unem, esse é um movimento legítimo, muito importante, que nasce de uma iniciativa de quem está no campo, a SRB tem muito orgulho de estar ao lado de quem produz”, destacou a presidente da SRB Teresa Vendramini.

O diretor da SRB Azael Pizzolato Neto tem acompanhado de perto todas as ações do movimento e participou deste novo tratoraço.  “Hoje, dia 17/02, foi escrito mais um capítulo da história do agro paulista”, disse o dirigente. Segundo ele, a escolha do Ceagesp para a concentração dos manifestantes foi por se tratar de um local muito simbólico para a agricultura e para a sociedade paulista, o maior centro de distribuição de alimentos da América Latina.

No dia 7 de janeiro, houve tratoraços em 300 municípios paulistas e, na véspera do protesto, o governo de São Paulo anunciou a revogação de parte da legislação que aumentava a alíquota do ICMS para diversos produtos do agronegócio.

O setor segue mobilizado para que seja revogado o artigo 22 da Lei 17.293/2020, que permite ao Executivo voltar a aumentar impostos a qualquer momento, sem precisar de aprovação da Assembleia Legislativa, o chamado “cheque em branco”.

A SRB encaminhou este mês uma mensagem a cada um dos deputados estaduais paulistas. No protesto de hoje, a entidade mais uma vez pediu apoio aos parlamentares para que impeçam qualquer taxação de produtos agropecuários ou mesmo legislações que funcionem como uma carta branca ao governo para aumentar impostos.

Azael Neto informou que durante a concentração na Alesp, o grupo acompanhou o protocolo de um Projeto de Lei que revoga o artigo 22, assinado por 25 deputados estaduais, de forma apartidária.  “A luta e a vigilância continua, agora a pressão vai seguir para que o projeto seja pautado e votado, para só então termos as coisas de volta a realidade”, disse.