A Sociedade Rural Brasileira (SRB) se reuniu em São Luís, no Maranhão, com governantes dos estados que formam a região do MATOPIBA: Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Durante o encontro “5 anos do Código Florestal: desafios e oportunidades para o MATOPIBA”, a entidade aproveitou para debater os obstáculos e avanços da regulamentação na região, considerada uma das principais fronteiras ambientais e produtivas do Brasil. O objetivo é construir diálogo com as lideranças e governos locais para implantação do Código Florestal, contribuindo para que produtores consigam aproveitar as vantagens de cada estado para cumprir a lei.

Para o diretor da SRB João Francisco Adrien, o grande desafio no momento é colocar em prática na região o Programa de Regularização Ambiental (PRA), etapa subsequente ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). Muitos estados ainda esbarram em divergências políticas e jurídicas para implementar o chamado pós-CAR. Segundo Adrien, os estados devem auxiliar seus produtores a encontrar os melhores instrumentos para a regularização, seja por meio de compensação, regeneração ou consolidação. “Precisamos de diálogo e de instituições que contribuam para que o desenvolvimento do MATOPIBA considere os aspectos sociais, econômicos e ambientais necessários à implementação do Código”, diz o diretor da SRB

Durante o evento, que também teve a presença do movimento Observatório do Código Florestal e de lideranças do setor produtivo, foram debatidos desafios comuns aos estados do MATOPIBA como o grande volume de plantação de soja, crise econômicas e o baixo desenvolvimento humano nas cidades do interior.

As ações da SRB na região começaram a se intensificar no início do ano passado, quando a entidade lançou o projeto MATOPIBA 2020. A iniciativa teve um aporte de R$ 50 milhões do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), nos próximos quatro anos, para o apoio ao desenvolvimento da sustentabilidade e à competitividade da produção de commodities agrícolas em toda região. O objetivo do projeto MATOPIBA 2020 é promover a integração entre produção agrícola e conservação da biodiversidade, para levar o agronegócio brasileiro ao status de mais produtivo e sustentável do mundo.