Reunião realizada na sede da entidade nesta terça-feira reuniu Secretário da Agricultura, lideranças de grupos e entidade, além de pecuaristas de todo País

 

Atendendo reinvindicações de pecuaristas de todo Brasil, a Sociedade Rural Brasileira (SRB) realizou na noite desta terça-feira, 6 de fevereiro, na sede da entidade, em São Paulo, um debate sobre a exportação de animais vivos no Brasil. O tema ganhou notoriedade quando, no último dia 01 de fevereiro, uma decisão judicial suspendeu o embarque de quase 26 mil bois no Porto de Santos. Esteve presente na reunião o Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Arnaldo Jardim, além de representantes do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), da Associação Nacional de Pecuária Intensiva (Assocon), além de pecuaristas e representantes da Sociedade Rural do Paraná (SRP) e Sociedade Rural de Maringá (SRM).

Há no setor a sensação de que a solução para o episódio no Porto de Santos, com a liberação da embarcação com os animais no último domingo sob recurso da Advocacia-Geral da União (AGU), ainda não traz segurança jurídica e novas suspensões podem acontecer a cada embarque.

“O momento é de diálogo aberto com o Ministério Público e com o Judiciário para normatizar um entendimento e evitar novas decisões arbitrárias e ideológicas”, disse a diretora do departamento de Pecuária da SRB, Teresa Vendramini. “A situação representa uma ameaça sistêmica para toda a cadeia”, completou o secretário Arnaldo Jardim.

As lideranças presentes reforçaram que o setor precisa estruturar ações de comunicação junto ao grande público para mostrar como a atividade respeita normas da Organização Internacional de Normalização (OIN) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A sugestão é mostrar à sociedade que a atividade segue os mais altos padrões de bem-estar animal, desde a preparação do embarque, transporte e confinamento.

Para Marcelo Vieira, presidente da SRB, o agronegócio precisa tratar temas ligados a sustentabilidade, meio ambiente e bem-estar animal como negócio, aproveitando as vantagens competitivas do Brasil no mercado internacional. “O pecuarista, ao atender as exigências do Código Florestal, desempenha um papel importante para o meio ambiente”. Nosso mercado consumidor externo e interno precisa conhecer nossas histórias para não deixarmos esse tema apenas para ativistas”.

O grupo reunido na sede da SRB já convocou reuniões para definir novas estratégias. A expectativa é de que mais produtores e representantes de outras entidades compareçam aos próximos encontros.