Pré candidato ao governo de São Paulo participou nesta quarta-feira da série “Encontro com Pré-Candidatos”, organizada pela Sociedade Rural Brasileira

 

O pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Partido Novo, Rogério Chequer, propõe a integração total das Polícias Militar e Civil como estratégia para melhorar os índices de segurança pública na cidade e no campo. Chequer esclareceu que, se eleito, a intenção é unir as duas corporações desde o treinamento, possibilitando que os policiais sejam responsáveis pelo mesmo território e tenham o mesmo tratamento de jornada. Ele foi o segundo político a participar de um debate da série “Encontro com Pré-Candidatos”, promovido nesta quarta-feira pela Sociedade Rural Brasileira (SRB). Antes dele, o presidenciável Aldo Rebelo também ouviu as principais reivindicações do agronegócio e apresentou suas propostas aos produtores rurais. Rogério Chequer também falou sobre temas ligados ao mercado, reforma do Estado, bem-estar animal, legislação florestal e questões fundiárias.

O pré-candidato garantiu que, se eleito, irá reforçar a integração entre as polícias e as prefeituras: “As municipalidades sabem onde estão os problemas”. Rogério Chequer, que se notabilizou em 2014 ao criar o movimento “Vem Pra Rua”, também firmou posição contrária ao estatuto do desarmamento. “Quando as pessoas não podem se defender dentro de suas próprias propriedades você priva o cidadão de liberdade”, enfatizou ao se referir à crescente sensação de insegurança no campo.

Sobre as invasões de terras ocorridas no estado, Chequer assegurou que, caso se torne governador, lidará com o problema “aplicando a lei implacavelmente”. Para o político, a falta de contundência no tratamento dessa questão está afugentando investimentos em São Paulo e no Brasil. “Qual a dificuldade de aplicar a lei em movimento ilegais, muitas vezes financiados por facções do governo?” Questionou.

Embarque de animais vivos e PRA

Para o pré-candidato do Partido Novo, o Brasil e o agronegócio vivem graves problemas estruturais. Segundo Chequer, qualquer órgão ou associação se sente hoje no direito de criar entraves para decisões já determinadas pela justiça. “Há dificuldade em se estabelece uma regulamentação, e quando se estabelece ela não é seguida”, disse o político ao chamar atenção para os problemas de insegurança jurídica enfrentados pelo setor.

O cenário, de acordo com Chequer, se aplica ao Projeto de Lei 31/2018, que proíbe em São Paulo o embarque de animais vivos no transporte marítimo, e ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), suspenso no estado em razão de uma liminar. Segundo o pré-candidato, o setor já segue as determinações da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) para o embarque de animais e as regras do Código Florestal no caso do PRA. “Faria o que estivesse ao meu alcance para deixar as pessoas seguirem com o que já está aprovado”, prometeu Rogério Chequer.

Reforma do Estado

O pré-candidato também indicou que, se eleito, dará início a um processo de reformulação na estrutura do estado, reduzindo o número de secretarias e profissionalizando a gestão de cargos públicos. “Essas estruturas estão inchadas e isso não traz apenas mais custos, traz ineficiência e lentidão”, disse o político do Novo. Segundo Chequer, o Estado hoje “só é eficiente para reeleger” e não foi feito para transformar tributos em serviços, negócios, empreendimentos e força criativa. “Saúde, segurança e educação não estão melhorando nos últimos 24 anos em São Paulo”, destacou.