A safra brasileira de grãos e oleaginosas deve atingir 272,5 milhões de toneladas no ciclo 2021/22. A estimativa foi feita nesta quinta-feira, 7 de julho, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume fica acima das 271,3 milhões de toneladas estimadas no levantamento divulgado em junho e também representa um crescimento de 6,7% em relação à safra 2020/2021.

A revisão para cima se deve principalmente ao aumento na produção de milho. A segunda safra, que atualmente é a maior do país, foi estimada em 88.4 milhões de t, um avanço de 400.000 t em relação ao levantamento anterior. Se confirmado, o volume será o maior da série histórica da Conab. Apesar do clima seco que reduziu a produtividade em áreas de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, o aumento da área plantada e o bom rendimento em outras regiões, como no Paraná, estão garantindo este resultado positivo para o milho.

A Conab também aumentou a projeção para o trigo. A estimativa para a produção brasileira subiu de 8,3 milhões de toneladas para 9 milhões de toneladas. Na safra passada o Brasil colheu 7,7 milhões de toneladas de trigo. Na soja, foi confirmada a safra menor em função dos problemas climáticos na região Sul e em Mato Grosso do Sul. A produção foi estimada em 124 milhões de toneladas, queda de mais de 10% em relação à safra anterior.

“Mais uma vez, apesar de todas as dificuldades com o La Niña e custos elevados, o Brasil deve colher uma safra recorde e a razão disso é a garra dos nossos agricultores, cada vez mais eficientes e comprometidos com práticas sustentáveis”, destacou a presidente da Sociedade Rural Brasileira, Teresa Vendramini. A dirigente enfatizou que o Brasil tem tudo para chegar a uma safra de 300 milhões de toneladas, mas para isso deve seguir contando com um ambiente que favoreça a livre iniciativa e garanta incentivos à produção de alimentos.