Em 2015, conselheiro da SRB foi o primeiro a analisar as áreas ambientais do Brasil e projetar os custos para recuperar territórios degradadas.

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) fechou o ano de 2018 com 503,8 milhões de hectares inseridos em sua base de dados, de um total de 5,4 milhões de propriedades rurais e unidades de conservação. O levantamento atualizado do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) mostra que 100% da área passível de cadastro já está no CAR. A Sociedade Rural Brasileira (SRB) foi a primeira entidade a fazer uma análise das áreas ambientais do Brasil a partir dos primeiros dados divulgados pelo SFB, em 2015.

Na época, o advogado, engenheiro agrônomo e conselheiro da entidade Paulo Daetwyler Junqueira somou o valor das áreas ambientais até então declaradas e estimou que os proprietários precisariam desembolsar mais de R$73,5 bilhões para recuperar os territórios sem cobertura de vegetação nativa. “Para se ter ideia da expressão desses números, esse montante é metade do valor do crédito agrícola que o Governo acaba de disponibilizar em seu plano safra 2015/2016”, disse o advogado.

Cabe ressaltar que, a esta altura, apenas 27,36% dos imóveis da região Sudeste e 13,70% da região Sul estavam declarados, o que justificava uma projeção ainda mais alarmante. “Como ainda só foram entregues pequeno montante das áreas das regiões Sul e Sudeste, seguramente o valor total das áreas ambientais importarão em um valor bem superior a R$1 trilhão”, escreveu Junqueira.

A partir dos últimos dados divulgados pelo SFB, também foi possível detectar que 40,7%, ou o equivalente a 205 milhões de hectares no País, foram declarados como remanescentes de vegetação nativa. No estudo de 2015, Junqueira apontava que os custos de florestamento de vegetação nativa em áreas degradadas tinham um custo médio estimado em R$ 7.934,95/ha, conforme trabalho divulgado pelo site do Ministério do Meio Ambiente.

Ao fim do estudo, o autor questionou se os valores deveriam ser pagos somente pelos proprietários rurais ou se também cabe ao governo e à sociedade contribuir. “É para o próprio bem ambiental e de sustentabilidade do Brasil”, aponta Junqueira.

Acesse o documento do estudo AQUI.