A Sociedade Rural Brasileira vai redobrar esforços para que o governo de São Paulo revise a decisão de aumentar o ICMS sobre insumos agropecuários. O diretor da SRB, Azael Pizzolato Neto, lembrou que, em alguns casos, o aumento na carga tributária deve chegar a 30%. Um ofício foi encaminhado ao governador João Doria no final de novembro, mas não houve avanço nas negociações.

“O agro não pode pagar a conta da pandemia”, afirma o dirigente. Segundo Azael Neto, em conversas com a secretaria da agricultura o governo paulista teria alegado um rombo de R$ 10 bilhões que deve ser suprido com a elevação da alíquota do ICMS para 4,14% a partir de janeiro de 2021.

A presidente da SRB, Teresa Vendramini, também reforça as consequências graves que a decisão pode causar ao agronegócio paulista. O etanol deve ser um dos mais prejudicados já que enfrentou queda no consumo com a pandemia e não foi beneficiado pelo câmbio. “Mesmo os setores que tiveram alta de preços em função do dólar, sofrem com os efeitos do La Niña, que trouxe falta de chuva e queda nas produtividades, por isso se trata de uma decisão desastrosa”, destaca Vendramini.