A Sociedade Rural Brasileira (SRB) promoveu no último dia 30 de outubro, um encontro online organizado pelo Comitê de Liderança e Juventude, com o objetivo de apresentar o trabalho que a entidade desenvolve em Brasília e seus principais desafios.
Durante a reunião, a diretora-executiva da SRB, Patrícia Arantes, apresentou a história e a missão da instituição, destacando os 106 anos de atuação da Sociedade Rural Brasileira e seu papel na representação do produtor rural em discussões técnicas com o governo e o legislativo.
Quatro fatores essenciais para a competitividade do agronegócio brasileiro foram apresentados, sendo eles: segurança jurídica, acesso ao crédito, direitos de propriedade e barreiras de comércio. “A segurança jurídica abrange aspectos regulatórios e judiciais, enquanto o acesso ao crédito é fundamental para a estruturação do setor agropecuário, incluindo investimentos em tecnologia e logística”, explicou a diretora.
A apresentação também abordou questões regulatórias, ambientais, de propriedade rural e aspectos comerciais, ressaltando a importância da atuação da SRB em diferentes frentes e os desafios regulatórios que se desenham no futuro.
Entre os principais temas de trabalho da instituição, estão melhorias na aplicação prática do crédito rural, renegociação de dívidas, custos cartorários e gestão de riscos de crédito “A SRB está auxiliando no projeto de lei da Senadora Teresa Cristina para modernizar o seguro rural e uma audiência pública deve ocorrer na próxima semana, no Senado, sobre esse assunto”, adiantou Patrícia. Também foram discutidos assuntos ligados ao direito de propriedade, incluindo o marco temporal de terras indígenas, a proteção possessória contra invasões e a regularização fundiária
Já esfera ambiental, a diretora abordou a COP 30, que será realizada nos próximos dias de novembro, em Belém do Pará, destacando a importância de reconhecer os produtores rurais como elos fundamentais da preservação ambiental. Também tratou da importância de pagamento por serviços ambientais e do mercado de carbono, com foco em métricas adequadas e aplicáveis à realidade do campo.
A diretora-executiva também apresentou pilares para melhorar a competitividade do agro brasileiro. “Melhorar o ambiente de negócios, ter relações institucionais propositivas, segurança jurídica, trabalhar a comunicação e imagem do setor e claro, ter boas práticas produtivas, irão alavancar ainda mais o nosso agronegócio”. E ainda destacou que “a falta de segurança jurídica impede que tenhamos um ambiente institucional estável e que possamos avaliar, implementar e monitorar as políticas de Estado como incentivos institucionais e econômicos ao setor”.
Encerrando o encontro, o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Sérgio Bortolozzo destacou o trabalho realizado pela SRB na capital federal, ressaltando que a entidade “tem grande participação em todos os temas que envolvem o agronegócio e está sempre apoiando o produtor rural brasileiro”.
