A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo promoveu nesta quinta-feira, dia 04, o 1º Concurso de Café Canéfora de São Paulo na Apta Regional de Adamantina, no interior de SP. A convite do secretário-executivo, Francisco Matturro, a presidente da SRB, Teresa Vendramini, prestigiou o evento que recebeu 28 amostras, de 24 produtores e de 13 municípios paulistas.

“Esse foi o primeiro concurso com essa espécie de café no estado, incentivando assim a produção do Canéfora no interior paulista. Muito bom ver os produtores motivados a produzir um café de qualidade e ver o investimento em pesquisa dando novas oportunidades ao pequeno agricultor”, comemorou Teresa Vendramini.

Hoje, grande parte da indústria brasileira que utiliza o café canéfora como matéria-prima está no Estado de São Paulo. Por isso, o objetivo da Secretaria de Agricultura é incentivar a produção do grão de alta qualidade em terras paulistas. “É estratégico ter uma produção de alta qualidade no Estado, já que essas indústrias têm um alto custo de logística para trazer o café de Rondônia ou do Espírito Santo, somando ainda questões tributárias ao frete”, explica Fernando Nakayama, pesquisador da APTA Regional de Adamantina.

Para isso, desde 2008, o Instituto Agronômico (IAC-APTA), a APTA Regional, a Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CATI/CDRS) e a iniciativa privada estão trabalhando em conjunto para oferecer tecnologia e informações para a produção do café canéfora no oeste paulista, especialmente nos municípios de Adamantina, Pacaembu, Lins e Getulina. Nesses 13 anos de estudo, segundo Nakayama, várias informações foram levantadas e repassadas aos produtores, como o uso de lâminas e tecnologia de irrigação, introdução obrigatória de espécies quebra vento para barreira física, condução de podas, espaçamento e população de plantas adaptadas, além de validação de produtos para controle de ácaro de broca do cafeeiro e de protetores solares e insumos nutricionais.

O que está acontecendo nesta região é fruto da pesquisa. Com os R$52 milhões de investimentos em pesquisa, feitos com recursos do Tesouro paulista nos Institutos da Secretaria, iniciativas como esta irão aumentar”, ressaltou Matturro.