Para entidade, Ministro assumiu pasta sucateada e possui credenciais para uma gestão capaz de conciliar desenvolvimento e respeito ao meio ambiente.

A Sociedade Rural Brasileira (SRB) vem a público manifestar apoio à gestão do Ministro Ricardo Salles à frente do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Para a entidade, a pasta mostrou, já nos primeiros meses de governo, que será capaz de atender as necessidades do setor produtivo e de contribuir para o desenvolvimento do País sem abrir mão do rigor da legislação ambiental.

O posicionamento público da SRB reforça a carta divulgada por Ricardo Salles nesta quarta-feira. O documento é uma réplica do Ministro a uma outra carta, na qual oito ex-Ministros de Estado do Meio Ambiente questionam a governança socioambiental do Brasil e o cumprimento aos compromissos climáticos firmados pelo País. Em seu comunicado, Salles explica as estratégias de governança da atual gestão na reestruturação de alguns órgãos ambientais, além de reforçar sua missão de conciliar a defesa do meio ambiente com o desenvolvimento econômico do País.

“Ao contrário do que afirmam os ex-Ministros, a atual gestão manteve a autonomia da pasta, inclusive advogando em defesa da nossa permanência no Acordo de Paris”, diz o presidente da SRB, Marcelo Vieira. A agenda de mudanças climáticas, enfatiza a entidade, está diretamente ligada à agenda dos problemas ambientais urbanos, muitas vezes negligenciados pelos governos e pelos ambientalistas. A prioridade, de acordo com o Ministro, é minimizar os impactos urbanos em rios, mares, ar e vegetação.

A SRB ressalta que, em razão da má gestão de recursos financeiros em administrações passadas, o atual governo recebeu um MMA em estado de calamidade, com frota sucateada e inoperância dos órgãos ambientais que cuidam das unidades de conservação, do licenciamento e da fiscalização.

Um exemplo é Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão com cem membros e cem suplentes, conhecido palanque político para o proselitismo. É urgente revisar o funcionamento de um órgão cuja composição remonta um modelo ultrapassado e que só vinha servindo aos interesses de ONGs.

Em um momento de responsabilidade fiscal e inevitáveis cortes de custos, a SRB reforça a necessidade de estabelecer parâmetros mais eficientes e menos burocráticos para a gestão da pasta. Simplificar o licenciamento para atividades de baixo risco, investir em tecnologias de monitoramento para combater o desmatamento e revisar dos critérios para aplicação de multas são bandeiras levantadas pelo Ministro extremamente condizentes com a realidade do Brasil e do agronegócio.